SE EU TIVESSE O PODER DE MATAR A MORTE
Há dias que saio e fico sentado na rua
A apreciar o ser agitado das pessoas.
É culpa do término da vida
Fabricado cruelmente outrora
Pelo Criador jamais compreendido,
Somente venerado de modo incoerente.
Penso na definitiva brevidade das coisas,
Nunca compreendo... apenas penso
Dúvidas frívolas invadem minha mente
Indubitavelmente, é isto algo deprimente!
Porque me ensinaram os escolhidos
Desde o momento que cheguei ao mundo
Que não se pode questionar ao Criador
De todo o Cosmos.
Mas é justo, pois, isto?
Porque criou a morte, lenta ou imediata,
Meiga ou terrível,
Se a vida é açúcar doce que deve ser apreciado?
Por que inventou a miséria e a fome
Se são puro veneno para a alma imperfeita,
Para arcanjos, potestades ou querubins?
Ah! Se eu tivesse o poder de matar a morte,
Eu matá-la-ia tão completamente
Mui antes que ela nos levasse a todos
Assim, alegre rosto eu teria
E os homens jamais me desprezariam.