DEPOIS DE MORTO
Francisco de Paula Melo Aguiar
Depois de morto
E o corpo no caixão
Todos dão conforto
Com o aperto de mão.
Todos vão te amar
Contar tua história
Em qualquer lugar
Isso que é memória.
É o dia que todos vão te amar
Diante do inerte esquife
Escrever a história e lastimar
Inclusive o amigo patife.
A partir daquele dia
O defunto não tem defeito
Credo e cruz, ave Maria
E passa a ser mais que perfeito.