Última estação

Sou viajante da vida;

E nela procuro a sorte

Não se escapa da morte

Almejando enfim guarida

Nesta trilha tão ligeira

Em que o trem parte sem freio

Como animal sem arreio

Nesta senda companheira

Um percurso que se finda

No destino derradeiro

Indo pro céu verdadeiro

Encerrando essa lida

É na última estação

Onde esse trem ancora

Lamenta, pranteia, chora

Os puros de coração.

E no último instante

Ninguém a pode deter

Não há quem possa prever

Ela vem como rompante

Gilmar Ramos
Enviado por Gilmar Ramos em 01/09/2023
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