Morte poética
Era sim, o poeta ingênuo
Com simplicidade nas rimas
E sem nenhuma sofisticação.
Bem longe de ser um gênio
Ele não queria ter obras primas
Escrevia no ritmo da inspiração.
Dando luz à sua poesia
Vislumbro centelhas de brilho
Surgir da imaginação.
Feito pai abraçando filho
Que há muito tempo não via
Vibrando de emoção.
Nos versos, cada letrinha
Cada pingo, tem sabor
Bem descrito no papel.
Igualzinho a abelhinha
Tirando o néctar da flor
Para o fabrico do mel.
Esse autêntico poeta
Ao descrever seu dilema
Dizer os males que sofre
As desgraças que o afeta;
Extrapolou nesse tema:
Morreu na última estrofe.