Nina,” Ninona”, “Fafadona”, voltou para o lado de “lá”...

Nada é nosso:

Muito menos no Reino Animal não humano

Que também tem suas passagens com caminhadas aqui na Terra

Nina, ou Ninona, a moçona idosa da casa

Acometida de graves complicações

Depois de várias lutas passadas e mais recentemente

Não suportou mais o corpo débil e,

Em meio a dores dilacerantes,

Ainda que fortemente medicada,

Voltou para o lado de “lá”

Outra triste e difícil decisão

Tivemos que tomar

“Facilitar” o seu retorno para o chamado Lar Imortal

Pois, àquelas dores nós mesmo não aguentamos mais suportar...

Eram nossos corpos que já as estavam sentindo

Foram 17 anos de excelentes experiências, ensinamentos e quebra de paradigmas

Para com o Reino Animal não humano

Foi mais precisamente a partir dela

Que tanto meus olhos, ouvidos, braços e pernas

Resolveram se dedicar à causa do Reino Animal não humano

Eles são fantasticamente seres que tanto nos ensinam a amar de verdade

Sem condições ou corações dissolventes com base na troca de interesses

Tão comum nas sociedades de cultura animal humano

Foram latidos e olhares permanentes de gratidão pelo acolhimento em nosso lar

E amores recebidos seja da mãezona Violeta, da irmã Larissa e do irmão Carlos

De formas incomensuráveis

E de mim, em especial, por haver me escolhido como seu tutor mor

Prefiro apagar da memória ou amarrar bem no fundo da mente

Tudo que me leve a lembrar de seus últimos

Tristes momentos de sofrimento naquele corpo físico

Mas deixar na crista das memórias da vida em convivência

Todos os momentos felizes na longa trilha que Ninona fez em meio a nós

Sejam de viagens, caminhadas e até correr atrás de um larápio que tentara me assaltar

Sim, ela estava ali esteve presente e por nada, a deixei naqueles difíceis momentos

Ou seja, corremos juntos ao encalce dos meliantes rss

Até um narrador que vira toda a cena por câmeras de vídeo em CFTV residencial

Vaticinou tal façanha “ele nem soltou o cachorrinho dele”

E não podia, muito menos soltaria diante daqueles estampidos de arma de fogo,

Sobretudo agora, com os corações também dilacerados, mas leves por sentirmos

Que encurtamos tantos sofrimentos

Ficaram e ficarão as eternas saudades

E a sensação presente é que apenas estamos sem Ninona em corpo físico

Na casa,

Mas em espirito ela permanecerá pela força das saudades

Alimentadas por tantas lembranças

Pelo eterno bem-querer

Continuará conosco 24 horas no seguir dos passos

Que a vida física conduz nossos espíritos ou almas

Até chegar os nossos momentos derradeiros

Da também “grande viagem”

Que mais cedo ou mais tarde,

Também iremos fazer as nossas passagens

E diante dessa certeza

Meus sinceros agradecimentos à Força Cósmica (Deus) que a tudo ver, sente e nos acolhe

Quando a invocamos com Fé, especialmente nos vários outros momentos que vivenciamos

Com a amada Nina diante de tantos desafios

Por que passou em graus graves de volta antecipada e vencera todas as batalhas,

Mediante, acredito, tantas intercessões do Pai

Em face dos pedidos e rogos realizados por todos nós

Mas há o momento crucial inerente a Vida na vida passageira

Que conduz o espirito ou alma daqueles ou daquelas

Que caminham por estas bandas

Tal momento é o do Pai

E para tanto,

O melhor é não questionar muito

Muito menos querer racionalizar

Mas aceitar com muito respeito

Os enigmas Dele em todos nós

Independentemente do Reino a que estejamos ligados à mãe Terra

Naqueles momentos também difíceis

Que tanto aprendemos com você a te amar

E amarmos as demais espécies do Reino Animal não humano

E assim,

Só nos resta a dizer à nossa Ninona,

O mesmo bordão que recito diante dos entes humanos queridos

Que também já fizeram suas voltas astrais:

Um até breve e muito obrigado por tanto nos proporcionar

Paz, alegrias, serenidade e gratidão em seu acolhimento

E a grande oportunidade de passarmos enxergar mais e mais

O quanto vocês, animais não humanos, irmãos que são, nas palavras de Francisco de Assis

São importantes para toda a humanidade que ainda dorme pela ignorância de insistir

Ou fingir assim não ver, o quanto somos todos filhos e filhas da mesma Criação

Em nome de um Pai, de um Filho e do grande Espírito da Verdade, chamado Espirito Santo.

Amémmm...

São Luís, 9 de julho de 2023