A Sombra do Pacto

Nas sombras de um antigo casarão,

Vive a lenda da Herdeira, maldição.

Uma família ambiciosa e sem coração,

Fez um pacto nefasto, cobiçando a ilusão.

Ao demônio prometeram a alma,

Em busca de fama, poder e riqueza.

Mas a escuridão, traiçoeira e calma,

Cobrou seu preço com voraz destreza.

Anos se passaram, a fortuna chegou,

Mas o preço do trato logo apareceu.

O demônio, sorrateiro, à porta bateu,

Pai e mãe levou, o destino selou.

A casa assombrada, agora um relicário,

De histórias sombrias e vidas perdidas.

Paredes sussurram, contando o cenário,

Da ambição que causou feridas tão sofridas.

A filha, a Herdeira, desaparecida sem rastros,

No vento uivante, seu nome ecoa.

Esconde-se do mal que se fez nos pactos,

Fugindo da sina, da herança que magoa.

Na escuridão, ela busca a redenção,

Quebrar os laços com o pacto vingativo.

Enfrentar o demônio, a grande aflição,

Recuperar a alma, seu ato decisivo.

Mas o demônio espreita em cada esquina,

Desejoso de abraçá-la com garras frias.

A Herdeira, corajosa, não se resigna,

Lutando pela vida, enfrentando as agonias.

Lendas sussurram sobre a Herdeira perdida,

Uma história de terror, de dor e perdição.

A família, em ganância, foi consumida,

E a casa vazia, testemunha da escuridão.

Que esta poesia sirva de aviso e lição,

Sobre os males da ambição desmedida.

Que jamais se faça pacto com a escuridão,

Pois o preço a pagar é a alma vendida.