Pretinho

Quando lembro do dia em que te achei,

Jogado no lixo como um trapo velho,

Meu coração se enche de amor. Deixei

Um conselho ao destino ou à sorte.

Tu eras tão pequeno e tão sofrido,

Mas logo te apegaste ao meu carinho;

Compartilhando o pão e o caminho.

E foram oito anos bem vividos,

Tu eras meu amigo e companheiro,

E me fazias rir com tuas traças;

Mas um dia a morte te levou, parceiro,

E me deixou sozinho sem tuas graças,

Mas eu não perco a fé nem a esperança,

De que um dia nos veremos na bonança

E là no céu, tu me esperas contente,

Com teu pelo brilhante e teu olhar ardente.

E eu te abraçarei com emoção,

E te chamarei pelo teu nome: Pretinho.

***

Poema dedicado a um cãozinho encontrado ainda bebê por um amigo numa lixeira, que o levou pra casa e cuidou dele. Uma história de amor que durou sete anos, até a morte de "Pretinho", como era chamado.

José Freire Pontes
Enviado por José Freire Pontes em 16/06/2023
Reeditado em 22/06/2023
Código do texto: T7815333
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