Pretérito Clariciano

Foram mordidas clandestinas da surpresa e do acaso.

Estava lá em forma, em dança, olhar intermitente e triste para o futuro.

Quem ela seria comparado ao que tinha em mãos naquele momento?

Mais simples que um gato cinza ou pardal: trivial, necessário e subestimado.

Eis que a clandestinidade aparecera com roupas brancas: não era um anjo, mas o açúcar estava no fundo.

No fundo dos olhos dele, e ela conseguiu ver.

Coldplay e ré : quem disse que seria fácil?

As canções que ouvia eram presságios do fim, a morte dele chegaria no futuro.

Naquele tempo ela não sabia traduzi-las.

Os ralos bebiam água com essência de sabonete e lágri(más).

Stigmatizado.

Outubro apresentara, trouxe novamente, e cruelmente levou embora.

Desde criança tivera a impressão que o azul assoviava: assistia ao Bem-Te-Vi tenor, pavarotiando lá no poste, sob o céu de maio.

Poeta de Borralho
Enviado por Poeta de Borralho em 13/06/2023
Reeditado em 13/06/2023
Código do texto: T7813067
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