CANÇÃO PARA MINHA MORTE
Quando eu morrer, meu corpo
Enterrem-o numa cova mesmo.
Por favor, não me façam cremação,
Pois não quero virar torresmo!
Em ressalva, se assim for cômodo,
Enterrem-me aí em qualquer canto!
Ou até no meu quintal, ou no mato,
De preferência num Campo Santo.
A Alma, sim, essa subirá bem alto,
Rasgará os Céus, o espaço infinito,
E ouvirá um anjo em solo de contralto!
Não estou brincando: Creio e acredito.
Depois, verá, pois, onde está Deus,
Confiará o que Lhe fez de errado;
Rogará a Sua Misericórdia! Os ateus
Fazem isto, e por isto, são perdoados.