correntes
correntes prendem meus membros no profundo
apenas o meu peito alcança a superfície
mas ao respirar a correnteza rasga minhas narinas
o que entra deveria sair
o que resta em mim inundou
minha boca já não tem mais espaço nem circula ar
sou completamente devorado pelo mar
e lá esmaeço minha imagem
e antes de me apagar
lembro que nem uma mão consegui soltar