Tão triste foi o momento.

Quando a conheci com as mão geladas

Espalmada e entrelaçada no peito

Com uma pele linda.

Que mais parecia porcelana,

Imóvel em um sono eterno.

 

Anjos voam no infinito

e choram pela eternidade

ao ver todo sofrimento,

Que acabara calando...

 

Tamanha a beleza morta,

Que podia ver a paciência,

Que tanto lutou encontrar,

Para outros viver,

Enquanto esquecia de

também querer...

 

O rosto sereno refletia a paz

Um leve sorriso que nunca se via,

O cabelo que lavado brilhoso,

Nos lábios, um brilho timido,

No ar guerra entre pecado

Ou perdão...

Purgatório ou Paraiso

 

E ela ali,

imovel sorrindo,

bela e fria!

 

Era a mulher morta

mais bonita

Candura na paz

da renda branca

Que a cobria...

 

Triste será não ouvir

a história,

Que a morta enterra

consigo.

Mais fácil é supor o

herói e o bandido

 

De quem chora,

com culpa...

De quem chora,

com saudade...

De quem está,

triste pela decisão,

De quem engana,

tristeza e sorrir

pelo alívio de um problema.

 

Conheci uma morta tão bela,

Que dialogou com a minha tristeza...

 

Me fez ter pena

de mim tão viva

E quase Triste pela

morte e vida

Que reflete na contemplação

Das emoções,

De quem fica.

Monet Carmo
Enviado por Monet Carmo em 13/05/2023
Reeditado em 13/05/2023
Código do texto: T7787611
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