Pássaro
Pássaro!
Numa noite de chuva intensa,
Com trovões esparramados pelos céus,
Feriram o pássaro molhado!
E, o deixaram caído,
No manto da noite, tremendo de frio.
Sobre, as folhas secas no chão.
Um dia!
Feriram este pássaro!
Coitadinho, quase sem vida,
Pulsado ao chão!
E entre o breu negro da noite,
E os lauréis brancos, dos relâmpagos,
Eu, o- via, lá debaixo da grande arvore,
Porque o - feriram? Porque?
E o deixaram morrer só! Porque?
Não sentiram pena do pássaro,
Que só queria fugir, da grande tempestade!
Coitado do pássaro!
Tremendo de frio, mas de um.frio intenso,
Deste, que só a morte traz,
Morreu, na palma da minha mão,
Porque, feriram este pobre pássaro?
Porque, não tiveram pena dele?
Que só tinha pena para voar!
Numa grande noite!
Feriram este passaro,
E eu, sou a testemunha!
Pois, eu o- vi, quando, caiu da árvore!
Com uma flechada no coração,
Coitadinho! Coitadinho, deste pássaro!
Foi ferido nesta grande noite,
De tempestade! E eu sou a testemunha !
Coitadinho! Morreu na palma da minha mão!
O- feriram, e o deixaram embrulhado,
No manto negro da noite,
Entre a escuridão, e os clarins dos rápidos,
Relâmpagos, que desciam, sobre as,
Folhas secas no chão.
Um dia feriram este pobre pássaro.
Que morreu em minhas mãos.