O tronco

Tropeça no próprio pé

Cai, mas não em si. Se faz de conta

Acredita no que tem contado

Faz do futuro fardo fadado

Eu mesmo o vi

No pelourinho da presunção

Como não vê? Um escravo da paixão

Decidido, ele mesmo se amarrou

Ludibriado pela embriaguez

Ao pé do tronco se jogou

Lado esquerdo do peito marcado

Gravara a lâminas linhas tortas

Letras de quem havia amado

Por descaso este o fez esperar

Ali, sob sol de se alucinar

Nem adiantou procurar. Não estava lá

Quando fui ver, tal nome era "Sinhá"

Nada pôde fazer. Era tarde

Oh, pobre coitado

Pelo açoite aquele amor fora ofuscado

Seus olhos fundos já não viam a luz

Descobriu de forma penosa

No que a paixão se traduz