PRISIONEIRO;

Vitalidade escapatória, que se esvai.

Para onde?

Não se sabe dizer...

A única certeza é que o corpo está preso,

cativo da dor inerente ao ser humano,

pela maldição imposta à humanidade

por seus pecados odiosos, infames.

Desfalece, um dia após o outro.

Está afogado, asfixiado em águas densas,

ondas turvas e incessantes.

O vigor e paixão foram-se embora.

Sonhos?

Aniquilados, antes mesmo de terem a chance

de serem concebidos.

Não há sonhos, apenas pesadelos, e uma

coleção infindável de fantasias fúnebres onde é o protagonista.

Cenários que alimentam o desejo de morte,

fazendo as entranhas se contorcerem em ânsia,

vômito, ao perceber angustiante que ainda é

prisioneiro desta vida.

Ansyel Violet
Enviado por Ansyel Violet em 03/04/2023
Reeditado em 03/04/2023
Código do texto: T7755337
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