Temores.

"a morte que domina os temores?

na flor tensa se carrega olor.

vasto que o anjo pardo se achega?

o temor se detém em minha aorta.

"mas neste dia calmo sou vaidade!

despertando a mesma escravidão,

para tantos demônios carentes...

rasgando minha pele como semente.

"então me visto de ossos esmiuçados.

por ventura a sombra se assenta?

naquela vil pérola da saudade...

"ah e se ei pudera, tecer pacífico?

o beija-flor calmante espinoteia...

a minha lágrima sobre a lápide.

Ednaldo Santos
Enviado por Ednaldo Santos em 11/03/2023
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