Quando

Quando eu morrer, por favor declame em meu velório,

Não chore por minha liberdade conquistada

Não quero neste dia sentimento falso ou ilusório,

Quero paz, felicidade e mais nada.

Façam algo em minha memória,

Uma antologia, uma placa, algo assim,

Quero ficar lembrado na história,

Daqueles que são importantes para mim.

E no decorrer do ato fúnebre

Cantem de tudo um pouco

Assim como eu fazia de costume

Nos grupos pra vocês com muito gôsto.

Ao me depositarem em alguma urna ou gaveta,

Saibam que deste corpo já terei saído,

Um novo rumo seguirei na certeza,

Que estarei sempre no coração amigo.

Aproveitarei cada instante a onde eu estiver

Recitarei plenamente entre versos e trovas

Na esperança de receber um dia meu bem me quer

E aproveitarmos as eternas horas.

Ah quando eu partir, farão uma festa no céu

Então por favor, façam também uma festa aqui.

Afinal para o poeta, a poesia é o véu,

Luto pra quê?

Se eu renascí!