Encontro com a pantera

Caminhei pelo vale da morte,

Sobrevivi ao medo da pantera,

Na dor, reconheci-me ser forte,

Cujas provações amansei a fera,

Senti no corpo, na alma o corte,

Do arranhão no peito... cratera...

Para alguns, uma maldita sorte,

Para mim, a herança d’uma era.

*

A temível deixei pelo caminho,

Contudo, nas noites de quimera,

A perversa surge em escarninho,

É mais um encontro com a fera...

Nessa hora que em fé me alinho,

Com Deus numa forte atmosfera,

Rogo, diante da coroa de espinho,

Que meu repouso seja primavera.

Sérgio Russolini
Enviado por Sérgio Russolini em 18/02/2023
Código do texto: T7721776
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