RETRATO
Num canto qualquer de velho armário meu retrato anarelado inda me espia, parece guardar em si alma vazia um mundo que está no relicário.
Num canto qualquer de um velho armário implorando por achar uma saída, o retrato nem se lembra que um dia vestiu esse corpo de beleza, que agora esfriando sobre a mesa vive a espera do futuro no ossário.