Despedida (parte 1)
Desprendeu-se daquele olhar,
Encantado, que beleza nutria,
Corpo e alma radiante magia,
Nas noites de esplêndido luar.
Acometeu-se a perversa chaga,
Embora todo ser há de passar,
Certo como rio corre ao amar,
Na dor, até a vaidade se acaba.
Sucedeu-se que a vida se esvaía,
E teu olhar cansado repousava,
Um anjo aparecia e a acalmava,
Serenidade como nunca se via.
Despediu-se além da mansidão,
Como um pássaro livre a voar,
Olhou-me com amor a desejar,
Partiu, nos arroubos da paixão.