Adeus
Tu eras flor; e no entanto a vi murchar!
A vil desgraça transformou o teu sorriso
Num fino traço muito vago e impreciso
E com as trevas maquiou o teu olhar!
Ainda hoje estarei no Paraíso!
Tu me dissestes com a voz a rouquejar,
E sucumbistes logo após o atro aviso
Sob a miséria de um biombo hospitalar!
Como chorei, ao ver que a morte te levava
Ali perdi o que na vida eu precisava
Ali morri sem carecer ser sepultado!
Quanta amargura ver alguém que estimamos
Partir pro nada! Nesta hora só pensamos
Em entoar um desespero indignado!