ELEGIA FRATERNAL
“Para Manuel Arons”
Venho cantar-te, meu amigo, porque partiste
Para um suave refúgio, que às vezes ansiavas
Após enormes canseiras a qu´ te entregavas
Num relevante prazer que nunca consentiste…
Tu foste o fiel obreiro no ofício que seguiste
No qual, em consciência, sempre apostavas
Na crença justa e na clara luz qu´ apontavas
Mas, todavia, em ninguém tu te redimiste!
Como um fiel obreiro, sim, tu semeaste
Úteis mensagens e deste belo testemunho
Em obras e afazeres de generoso cunho
Ainda que, para ti, muito pouco recolheste…
Teus companheiros e amigos ora saberão
Que um estatuto merecias com outra dignidade
E vimos, nesta hora, cheios de saudade
Dizer-te um Obrigado do fundo do coração.
Tua corrida terminou e o teu labor
Justificaria, por certo, um melhor galardão
Do que simples Medalha de banal menção:
Recebe de nós, Manuel Arons, digno louvor!
Frassino Machado
In “Os Filhos da Esperança”