A lira dos malditos
Segue seu rumo o cortejo
Fúnebre, eu vejo,
O quanto foi breve a passagem...
Vamos, me deem passagem!
Até na hora derradeira,
O populacho me estorva...
Me deixem seguir para minha última morada
Onde, com cuidado e sorte,
O verme, esse amigo funesto
Há de roer-me até o último bocado
Não deixando nada para a Morte!
Ao estilo de Augusto dos Anjos