118°
O poeta deixou seu ultimo poema na mesa
Saiu de cena com a corda na mão
Buscou uma arvore frondosa
Para ali por fim a sua agonia
O poeta é uma personagem
Escritor de dores voláteis
Sucumbiu ao seu próprio ser
Fez-se seu próprio tumulo
Com poemas dispersos
O sofrimento dele é um tufão
Levando todo o seu sentido de vida
Nas ultimas linhas do derradeiro poema
Um pedido de socorro
Lutar pela vida feito um touro
E morrer por uma pedra no caminho
O poeta anseia por ser amado
Fechando a cortina para outros amores
A vida só é bela quando se contam mentiras.
Otreblig Solrac - O poeta burro