118°

O poeta deixou seu ultimo poema na mesa

Saiu de cena com a corda na mão

Buscou uma arvore frondosa

Para ali por fim a sua agonia

O poeta é uma personagem

Escritor de dores voláteis

Sucumbiu ao seu próprio ser

Fez-se seu próprio tumulo

Com poemas dispersos

O sofrimento dele é um tufão

Levando todo o seu sentido de vida

Nas ultimas linhas do derradeiro poema

Um pedido de socorro

Lutar pela vida feito um touro

E morrer por uma pedra no caminho

O poeta anseia por ser amado

Fechando a cortina para outros amores

A vida só é bela quando se contam mentiras.

Otreblig Solrac - O poeta burro

Otreblig Solrac
Enviado por Otreblig Solrac em 01/10/2022
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