Comprimida
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O escuro se faz em minha pele, é uma predestinação. Não queria que você desaparecesse, mas tornastes um vulto na fotografia e vais se apagando de mim. A tua a ausência sempre ao meu lado. Pílulas me sedam para não sentir tanto o desespero, me comprimo na cama no objetivo de fundação tão bem intencionada que esperanço me tornar um feto, anseio pela dignidade do adeus no toque, na escuta real da presença. Você volta para sua segurança, eu volto para nós. A despedida apenas em palavras confusas e não sabidas.
Engulo uma, engulo outra, que pena, elas não me esquecem de você. Esse amor tão duro de engolir. Abro uma cartela. Conheci todas as farmácias do bairro. Meu coração tão comprimido. As lágrimas caem sem vergonha, mas eu sinto tanta vergonha. Menina envergonhada, mulher recalcada. É realmente inaceitável nos matarmos assim. O fim é uma parede numa caverna escura, deveria ter seguido a epifania quando chorava no chão da cozinha.
Todo mundo morre, menos você.
Meus dias estão contados, por quem? A vela se assopra, não há mais fogo, são cinzas de algo que já foi.
Estou indo, amor. Meu grande, amor. Estou indo, amor. Afundo, grande amor. Que saudade. Saudade, amor. Falta de te chamar de amor. Meu amor.
O luto não é um verbo. O luto não é verbo. Luto. Substantivo.
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