entre ondas

o nome dela estampado

na placa do carro, retrata

a alvura do sol da infância,

a alvorada que engole o escuro

e nos faz tanto mais humano.

fui menino grande, menino franzino,

fui a gaivota abrindo asas

no ar engessado, mas

não fiz da minha prece

uma masmorra de viver,

salto como um soldado

voltando pra casa, o mar

se abre e no seu fundo

encontro o seu cadáver

Ariano Monteiro
Enviado por Ariano Monteiro em 10/08/2022
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