#112 - À morte.
A morte, nada mais é que o fim de tudo.
Nada existe depois que eu morrer.
Se tudo que vejo é o que existe, o mundo morre comigo.
Comigo, tudo que eu criei irá desaparecer.
Não há nada, nada para ser ouvido.
Tudo que é, é o que eu criei.
Eu dei forma ao mundo.
Logo, quando eu me for, o nada, nada serei.
Pode parecer delírio, parece que falo com um surdo,
Mas, só me lembro do mundo, depois que o fiz existir.
Soberba, prensunção, arrogância...
Não sei ao certo, mas tenho a impressão de que não existirá mundo quando eu me for e daqui sumir.
Sentado sozinho nesse domingo comum,
Eu me paro para reflitir,
De tudo que eu podia criar, fiz logo esse mundo?
Só de pensar nisso tudo, tenho motivos para partir.