Diário de um literário

De onde eu vim?

Daqui a século,

Quem desejará saber de mim?

Vagareis pelo vento?

De onde eu vim?

De onde eu surgi?

Quem lembrará de mim?

Qual será o meu fim?

Os netos, bisnetos, tataranetos,

Que histórias arrastarão pelo tempo?

Que marcas deixarei aos descendentes?

Reciprocarão a minha gente?

Muitas histórias escrevi,

Muitos poemas inscrevi,

Inscrevi aos papeis e redes

Escrevi aos poemas e prosas.

De onde estarei...

Quem lembrará de mim?

Só sei que um dia eu nasci.

Por décadas, eu vivi.

Por trajetos, eu contribui.

Aos literários, eu permiti.

Agora, nada resta de mim!