AS FLORES DO FINAL DA PRIMAVERA

Não conto mais os dias de agonia,

Que dormem como as folhas ressecadas…

E nem as madrugadas desoladas

Varridas pela longa ventania…

 

Não conto mais as lágrimas roladas,

As quais minha alma já não mais desfia…

As horas de total melancolia,

No tempo angustioso, tão contadas...

 

Só as flores do final da primavera,

Caindo, numa tarde que pondera,

Uma por uma, em seu silêncio vão…

 

São cravos… Açucenas… Astromélias…

São lírios...Violetas e camélias...

Uma por uma, sobre meu caixão…