O afogamento

Quase um dia de átomo

Um som ensurdece, diáfano

Afogo-me entre sons distantes

Nado nas sombras dos semblantes

O risco de morte ao menos

Parece deixar-me no vazio

Eu inspiro, eu expiro e me afogo

Há fogo nas profundezas desse rio

Não senti o meu ar, que me faltava

A apneia deixava-me sozinho

A morte espreitava-me faminta

Eu não minto neste sonho excitado

O sonho é um conselho advertido

Manter-me vivo é meu maior cuidado

Marcelo Brilha
Enviado por Marcelo Brilha em 07/05/2022
Reeditado em 09/05/2022
Código do texto: T7511400
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