O afogamento
Quase um dia de átomo
Um som ensurdece, diáfano
Afogo-me entre sons distantes
Nado nas sombras dos semblantes
O risco de morte ao menos
Parece deixar-me no vazio
Eu inspiro, eu expiro e me afogo
Há fogo nas profundezas desse rio
Não senti o meu ar, que me faltava
A apneia deixava-me sozinho
A morte espreitava-me faminta
Eu não minto neste sonho excitado
O sonho é um conselho advertido
Manter-me vivo é meu maior cuidado