O dia da minha morte

Deitada no banco

luto com os olhos

que só enxergam preto no branco

O frio tornou-se meu cobertor

respiração ofegante

eram os meus últimos suspiros

Escuto batidas na porta

Sei quem é

Não importa

A morte está vestida de preto

ela esteve aqui as Duas e Vinte Dois quando o sol estava cinzento

Avisto a Passagem carimbada

choro Calada

O voo rumo ao dia da minha morte

parabenizou a minha desistência

O cemitério apresentou a minha

nova residência

o silêncio deu-me as boas vindas

a minha vaidade tornou- se em

um zero a esquerda

Heeza Manuela
Enviado por Heeza Manuela em 12/04/2022
Reeditado em 02/04/2023
Código do texto: T7493178
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