O dia da minha morte
Deitada no banco
luto com os olhos
que só enxergam preto no branco
O frio tornou-se meu cobertor
respiração ofegante
eram os meus últimos suspiros
Escuto batidas na porta
Sei quem é
Não importa
A morte está vestida de preto
ela esteve aqui as Duas e Vinte Dois quando o sol estava cinzento
Avisto a Passagem carimbada
choro Calada
O voo rumo ao dia da minha morte
parabenizou a minha desistência
O cemitério apresentou a minha
nova residência
o silêncio deu-me as boas vindas
a minha vaidade tornou- se em
um zero a esquerda