Premonição Parte II - Voz aos Surdos
Eis o monte do Sinistro,
O Príncipe do abismo,
Da orquestra, o Ministro,
Destinado Anti Cristo.
Olhos espirituais não cessam,
Canseira não nos pesam,
Pecados não nos prestam,
Só os tolos que nos desprezam.
Assim como o clima muda,
O nosso também mudará,
Como no solo há ruptura,
O nosso também ruirá.
Não há grão sob o solo,
Colina sob o céu,
Que não conheçamos o polo,
Que não observamos do véu.
Eu sou a mancha; Eu sou a marcha,
Eu sou a cobrança; Eu sou a taxa,
Nós somos o incontestável,
Nós somos o detestável.
Hoje o dilúvio cerca nossas terras,
Mas as águas secarão,
Assolaremos com trevas,
Mandamentos da escuridão.
O pontífice do hereditário,
A farpa do calvário,
Sou palco de atrocidades,
Desvendador de verdades.
Suas palavras ecoavam como chuva,
No mais profundo mar,
As longas pontas púrpuras,
O deleite em seu falar.
Era meu ou da besta?
O coração palpitante,
Dono de toda seta,
Estava relutante.
Todas as palavras são pensadas,
Disse num só respirar ensurdecedor,
O Sol Negro de forma macabra,
Me olhava com ardor.
O mundo do intocável,
Longe do nosso parecer,
Estava transtornável,
Mudando com nosso viver.
Esta premonição,
É uma mensagem,
Volta o Rei dos Reis,
Para derrotar o Rei das Inverdades.
Esta existência nefasta,
Que observa meu interior,
Não se afasta,
Mas não sinto pavor.
Sei das suas observações,
De todas as suas provações,
Me recuso a voltar,
Me recuso a afundar.
Do teu Sol, uma boca,
Prestes a me engolir,
Havia acordado,
Agora no mundo encarnado.
O Mal aguarda,
Em sua santa paciência,
O Mal guarda,
Demonstra sua presença.
O mundo espiritual muda,
Sob todos nós premeditado,
Estaria eu alucinando?
Ou eu sonhei acordado?
Escutem tolos,
Antes do tardar.