A navegar
Somos todos almas caídas, perdidas
Buscando um caminho ao caminhar
Alguns crentes com certeza vigorosas
Outros baratinados com dúvidas arenosas
Poucos com o tal tênue e sábio equilíbrio
Numa roda infinita e ininterrupta chamada tempo
Que gira, gira, e ao girar sangra, lapida depura
Leva cascas, gera dor, arranca com fervor
E se não bastasse a dor da vida
Ainda apresentam-nos a morte
Um fim momentâneo duma alma encanada
Deixando dor aos que ficam e não se sabe o que aos que vão.
Ô Deus, o que de fato pagamos?
Porque os desejos são pecados?
De onde caímos? Porque caímos?
Peço perdão por querer entender.
E no fim… Agradeço pela oportunidade de viver, mesmo sem tanto saber.