Soneto de adeus

É tanta água que vai embora

E passa pelos rios da vida

São as lágrimas de quem chora

Pela saudade depois da despedida

Partiu sem avisar

Por isso bateu forte

Essa saudade e pesar

Que traz a malvada da morte

Viver de tantas despedidas

Dá pra chamar de azar

Morrer é, por tanto, sorte

morrer é, por vezes, a única coisa

que se faz por inteiro

de viver a gente esquece ligeiro