Sonhei que me via esvaziado de sangue
A infância hebefrênica
Caminhando pelo asfalto espelhado.
Cigarros colados em bocas secas pueris,
Coturnos salpicados de sangue.
(Eles vêm com o fim da tarde,
na hora azul.)
Sequestram, desvirtuam, corrompem.
De mãos dadas, nos arrastamos sob as árvores (ainda altas e contemplativas) e nosso Norte não deixa de ser uma floresta
(de pedras e crucifixos). A figura de jesus cristo ainda me fita pregada na cruz. Os olhos de pedra sabem que os cortes se aprofundam e, à imagem, eu oro em febre,
como um crente fiel,
para que transpassem minhas artérias.
Sonhei que me via esvaziado de sangue, escurecendo num barranco e me desfazendo com a chuva ácida de outubro.