DORMENCIAS (uma visão poética sobre a morte)

Dormirei os dias de sol

Escondido por entre as brumas

Do velho trabalho falho em tábuas

E acordarei no tempo escuro das tempestades urbanas

Chovendo pétalas de rosas em minhas mãos ciganas

Dormirei os céus e as nuvens de cabal forma

Ambos acorrentados em mim

Eremita dos tempos modernos

Fugindo sem controle dos grilhões partidos

Fuga; na ânsia de encontrar o tempo perdido

Abrirei o ergastulo do concreto

Com as angústias do irreal

E os anjos no espaço saltitantes

Entoarão sons de citaras

Apocalípticos em essências

Nos meus ouvidos preguiçosos

Carentes de DORMENCIAS..

Martins júnior
Enviado por Martins júnior em 12/10/2021
Reeditado em 21/12/2021
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