DORMENCIAS (uma visão poética sobre a morte)
Dormirei os dias de sol
Escondido por entre as brumas
Do velho trabalho falho em tábuas
E acordarei no tempo escuro das tempestades urbanas
Chovendo pétalas de rosas em minhas mãos ciganas
Dormirei os céus e as nuvens de cabal forma
Ambos acorrentados em mim
Eremita dos tempos modernos
Fugindo sem controle dos grilhões partidos
Fuga; na ânsia de encontrar o tempo perdido
Abrirei o ergastulo do concreto
Com as angústias do irreal
E os anjos no espaço saltitantes
Entoarão sons de citaras
Apocalípticos em essências
Nos meus ouvidos preguiçosos
Carentes de DORMENCIAS..