11°
Não culpe o meu descaso
Tenho trabalhado muito
Tenho falado sozinho
Para os demônios minúsculos
Todos a vagar a minha existência
Testando meu ser
Minha vil paciência
E os que me julgam louco
Não sabem da minha lucidez
O mundo é louco
E não merece a minha sensatez
Sou o sol dentro do meu quarto
Refuto Galileu Galilei
Sou rábula formado em farrapos
Faço minha própria lei
Se a morte vier de barco
Não irei
Não soube nadar em vida
E de barco me assustarei.
Otreblig Solrac - O poeta Burro