Memória póstuma do meu pai
a) Data do falecimento: 14-05-87
Foi “catorze” o triste dia,
“Oitenta e sete” era o ano:
um devoto "franciscano”
morreu no Mês de Maria.
Visitando a cova fria,
onde o papai hoje “mora”,
família ou parente chora,
lembrando a lição eterna:
a Vida não se governa;
a Morte é que faz a hora.
b) Resignação após a morte
Reza e controle é preciso
pra não haver desespero,
não se fazer exagero
nem se perder o juízo.
O dia do Paraíso,
Jesus anunciará.
E o meu pai descansará
como São João escreveu:
“Mesmo aquele que morreu,
se crer em mim, viverá”.
c) Trinta e quatro anos
Hoje¹, faz trinta e quatro anos
que o meu bom pai faleceu,
porém não emudeceu
A Voz dos Verbos Ufanos².
Recordo ao vivo os seus planos
de criação e doutrina,
que, "até hoje, ele me ensina
no meu 'campo-santo' oculto".
Guardo o seu vulto insepulto...
E a Vida nunca termina.
Valdir Loureiro
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¹ Hoje, 14-05-2021 (falecido em 14-05-1987).
² antonomásia, ou melhor, cognome dado por mim que externa altivez e entusiasmo do meu pai.