Relembro-te...
Relembro-te...
Um corpo moribundo,
perdendo o seu mundo,
levado pela doença
pouco a pouco...
Relembro-te...
Sem forças e em silêncio...
Observando cada momento
uma batalha não tão invisível
corroer-te o corpo...
Relembro-te...
Definhando entre a vida e a morte...
Perecendo à sorte
de uma doença estranha,
cruel e solitária.
Mas, relembro, também
que nunca baixaste os braços,
nem deixaste a doença
penetrar-te na alma.
Foste um guerreiro pai!
Mas um dia ela chegou gentil
e levou a tua alma com ela...