A Minha Primeira Passagem.

Vejo com clareza as porta das infinitas possibilidades escancaradas, vejo uma nova era, tomada por conhecimento de forma descontrolada, vejo o ego de muitos embebecido, e teu cálice transborda, mas não suporta e trinca.

De um estopim, o cheiro da pólvora.

A queda precede o fim.

O fôlego, agora é suspiro.

As dores parecem sumir.

Vejo o que não esperava ver, mas ao certo o que é lógico se faria por ser.

Um banho de luz ofusca minha visão, um grito de criança, uma face desconhecida, não conheço mais a mim mesmo, vão se os olhos e a carne se verte em vermelho rubro.

A dor é insuportável, o calor queima, a verdade se faz presente.

Somos o resquício da sobra.

Não somos nada, sua verdade não é única e inabalável, não sinto mais nada, me uno a tudo e nada me completa, mas ainda sou eu, ou o que eu acreditava ser, isso não é uma pergunta. Isso sou eu, isso é você, somos todos nós.

Tudo é novo, mas minha essência é a mesma. Mas meu cálice agora é vazio, enfim estamos prontos.

Ainda não sei por onde, mas sei que não haverá mais nada do que eu espero, o que eu sei, não quer dizer mais nada.

E aínda que o nada, pareça ser ruim acredite é só mais uma vez a grandeza de uma nova fase da vida.

Pois tudo que nasce, também morre

Lauro Aguiar
Enviado por Lauro Aguiar em 11/03/2021
Código do texto: T7204034
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2021. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.