caixa torácica
mergulha na pupila da noite
e não há outro lugar onde queira estar
a escuridão úmida lhe envolve
na pele fina do miocárdio
um nome
um rosto
os átrios teimam e se inundam desse sonho lúcido
dessa presença cálida
a voz rouca de manhãs
a ponta do dedo a tocar o rosto
a boca que sela a palma da mão
no engodo do dia
uma lágrima assombra os corredores deste palacete de alabastro
mausoléu
caixa torácica
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Publicada na Revista Piúna
2ª Edição