Vida efêmera

Para Dorothy

Chegaste como um fulguroso raio de luz

Que a tudo encandeaste

De vida

De alegria

De calor

Que de forma sutil me conduziu

A um puro e sublime afeto

Cheio de ardor.

A tua presença me iluminaste

Me fez sensível,

Humana,

Gentil,

Fez a minha existência efervescer

Sem saber, me ensinaste a te bem querer.

Cada manhã que tu vinhas me acordar

Era um bálsamo de ânimo

Para essa vida enfrentar.

Mirar nos teus olhos logo cedo

Era como um mergulho num mar de ternura

Quanta candura

Fazia-me esquecer meus medos.

Nos dias de tristeza infinita

Ao meu lado se fincava

E com os olhos me sorria

“vai ficar tudo bem”, era o que tu me dizias.

E agora que não estás mais aqui

Um desespero invade o meu coração

Pisado

Partido

Perdido

Doendo forte, sem direção.

Eu quero que essa dor passe

Que eu só me lembre da tua docilidade

Dos teus olhinhos gratos de bondade

Da tua lealdade.

Agora só saudade...

Eu rogo, óh Universo,

Que exista um paraíso para os cãezinhos

Que lá te recebam com carinho

Que te mimem com um delicioso ossinho

Que tu voltes a saltitar

Quem sabe até se lembrar

Que aqui tu foste luz

Que brilhaste intensamente

Apagou-se na Terra precocemente

Mas pra sempre me marcaste.

Que aí do outro lado

[Sem dor]

Sejas inundada

Do que aqui mais souber dar:

AMOR.

(Dorothy (31/05/19-20/06/20)

Eu te amo pra sempre, minha Dorothy...

Aline Teodosio
Enviado por Aline Teodosio em 16/01/2021
Reeditado em 16/01/2021
Código do texto: T7161036
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