CEMITÉRIO
Francisco de Paula Melo Aguiar
Sepulcrário, necrópole ou cemitério.
Endereço certo da humanidade é o lugar.
Mansão dos mortos é o mistério.
Da esperança de um dia ressuscitar.
De túmulo, monumento fúnebre ou cenotáfio.
E de cova rasa em memória de alguém.
Cujo corpo não jaz ali sepultado, empáfio.
Sem insolência, arrogância e soberba daqui e além.
É o abrigo derradeiro onde o corpo desaparece.
Aos olhos dos presentes sem empáfia.
Onde tudo acaba ao voltar à terra que o aquece.
E o pó volta ser pó segundo a fé temerária.
É silêncio onde o vento não sopra e todos dormem.
Lugar de prática laica ou religiosa, adro, almocávar.
De encontro de contas com o erário vital e do jazem.
Campo-santo, carneiro, covão e almocábar.