CEMITÉRIO

Francisco de Paula Melo Aguiar

Sepulcrário, necrópole ou cemitério.

Endereço certo da humanidade é o lugar.

Mansão dos mortos é o mistério.

Da esperança de um dia ressuscitar.

De túmulo, monumento fúnebre ou cenotáfio.

E de cova rasa em memória de alguém.

Cujo corpo não jaz ali sepultado, empáfio.

Sem insolência, arrogância e soberba daqui e além.

É o abrigo derradeiro onde o corpo desaparece.

Aos olhos dos presentes sem empáfia.

Onde tudo acaba ao voltar à terra que o aquece.

E o pó volta ser pó segundo a fé temerária.

É silêncio onde o vento não sopra e todos dormem.

Lugar de prática laica ou religiosa, adro, almocávar.

De encontro de contas com o erário vital e do jazem.

Campo-santo, carneiro, covão e almocábar.

FRANCISCO DE PAULA MELO AGUIAR
Enviado por FRANCISCO DE PAULA MELO AGUIAR em 03/12/2020
Código do texto: T7126562
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