Versos póstumos
Quando eu morrer,
não fales nem uma linha
a mais do que és capaz
de falar de mim
enquanto vivo.
No dia em que passamos
todos os verbos para o pretérito,
tributo que bate em excesso,
feito martelo no prego,
soa capricho à toa,
não passa de mérito
ao próprio ego.