LEMBRANÇA DE UM VAZIO
Meu peito contraiu
Me causando forte dor
Uma cortina negra cobriu meus olhos
E eu pude sentir, sim, eu senti
O toque gélido do desconhecido
Deslizando sobre minha pele
Me anestesiando por inteiro
Angustiado tentei, em vão
Me livrar das cordas da morte
Mas era tarde, muito tarde
A engrenagem do tempo já havia parado
Os ponteiros congelados estagnaram a vida
Bem diante dos meus olhos
Uma névoa densa e escura me abraçou
Ao longe, ouvi o choro da saudade
Ela insistia em me ter, sua voz me chamava
Mas o vazio de uma lembrança era tudo o que eu podia lhe dar.