A INSONIA DO VAMPIRO
Sou sangue de teu sangue
Sou luz que se expande
Sou medo de teu medo
Senhor do teu tempo
(Moonspell – Em nome do medo)
Por muitos anos me recordava do sol muito pouco,
Hoje, preso em meu caixão reflito sobre a morte.
É difícil dormir é difícil saber se a noite enfim chegou...
Este caixão de madeira não é assim tão forte.
Não prende minhas emoções febris que pedem para que o abra,
Assim o faço, e caminho pelas salas vazias e escuras que me guardam.
Tento velar esta insegurança essa dor que a insônia me entrança.
Como invejo os mortais que veem a luz do dia e dormem sem ousadia.
Sou um filho da noite atordoado por meus segredos, relembro minha vida em Lisboa.
Durante o dia tudo não passa de um rêverie de séculos infindos.
Minhas lembranças meus profundos segredos... Finalmente descobri.
É essa culpa que carrego que aflige o sono vampiro.
Incrédulo reflito enquanto admito que do sangue vem meu castigo.
(Inspirado no livro A insônia de um vampiro - Ivan Jaf)