Mar
Posicionou-se defronte ao penhasco,
Saltou em direção ao sol
E os raios atravessaram o seu corpo
Enquanto ele caía no mar.
A correnteza era a capitã
daquela navegação interminável.
Não foi arrastado por ninguém,
Só se conduziu para bem longe.
Apenas naufragou sem hesitar,
Mergulhou na fraqueza dilatada
E pela primeira vez, sentiu-se desafogado.
Acatou o conselho de um amigo,
Seguir em frente era tão cabível.
E percebeu que os ombros fatigados
e o pulsar semimorto deveriam cessar.
Estava em ruínas e sucumbiu a tragédia.
O sol estava prestes a se pôr...
E havia um penhasco.
31.06.2016