SEM SENHA


E naquela noite tive um sonho
Ou um pesadelo talvez
Estava numa enorme fila
Aguardando a minha vez.
Mas, com tanta gente na fila
Não havia ordem, nem nada
Achei tudo muito estranho
E ninguém reclamava.
Fiquei agoniada, atenta
Ninguém furava a fila
Nenhuma senha fora distribuída
Mas o medo era percebido.
Toda aquela gente enfileirada
Ninguém podia fugir
Trazia visível no olhar
O medo de partir.
Acordei do pesadelo
Logo, logo me acalmei
Mas sei que estou na fila
Aguardando a minha vez!

(Leila Azevedo) #emtempodepandemia2020
Leila Azevedo
Enviado por Leila Azevedo em 06/08/2020
Reeditado em 23/08/2020
Código do texto: T7028038
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