Morrer jamais.

Não morrerei jamais.

Disto tenho certeza,

se queres saber o por quê,

contemple o sol e tudo irá entender.

Haverá o dia em que virarei adubo,

pois do pó vim e ao pó voltarei.

Mas não serei adubo de seres vivos

verdinhos e produtores de oxigênio.

Serei adubo de vermes minúsculos,

lentos e horripilantes estocados em mim

e em um buraco profundo, escuro,

levará séculos até que vire pó!

E não saindo do assunto,

chegará o dia em que:

muito se erguerá e pisará

sobre mim e não será nenhuma novidade.

A recompensa que terei,

a única que terei,

é quando chegar o momento

de brilhar como luz tão ofuscante!

E sabem por quê?

Serei parte da maior estrela do sistema.

Serei um humilde pedacinho do sol

brilhando por toda a eternidade!

E nesse momento, não serei mais consciência,

não terei vontades, muito menos queixas.

Serei apenas fogo

e terei a vida eterna!

Liliene Maria Rodrigues
Enviado por Liliene Maria Rodrigues em 03/08/2020
Código do texto: T7024999
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