Morrer jamais.
Não morrerei jamais.
Disto tenho certeza,
se queres saber o por quê,
contemple o sol e tudo irá entender.
Haverá o dia em que virarei adubo,
pois do pó vim e ao pó voltarei.
Mas não serei adubo de seres vivos
verdinhos e produtores de oxigênio.
Serei adubo de vermes minúsculos,
lentos e horripilantes estocados em mim
e em um buraco profundo, escuro,
levará séculos até que vire pó!
E não saindo do assunto,
chegará o dia em que:
muito se erguerá e pisará
sobre mim e não será nenhuma novidade.
A recompensa que terei,
a única que terei,
é quando chegar o momento
de brilhar como luz tão ofuscante!
E sabem por quê?
Serei parte da maior estrela do sistema.
Serei um humilde pedacinho do sol
brilhando por toda a eternidade!
E nesse momento, não serei mais consciência,
não terei vontades, muito menos queixas.
Serei apenas fogo
e terei a vida eterna!