ESSÊNCIA DE VIDA E MORTE
Nesse crepusculário
Aguardo a noite infinita,
Tão mais bonita
Vista com os olhos da consciência limpa,
Oxigenada pela ideia da morte,
E desinfetada com o expurgo da vida,
Que se desintegra,
Integrando-se
Ao infinito que não se conhece...
Aos choros, a noite passa,
Nessa enfermidade de alma...
E amanhece.
E agonizo um chiado.
Último suspiro
Auroreando meu último dia
A vislumbrar
O crepúsculo da existência.
E constato: enfim sou essência!
Cleusa Piovesan
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