Descanse, vou partir.
Descanse, vou partir.
As chagas invadem meu corpo,
O desespero de partir,
Trás em minhas lembranças o nada que fui,
Afloram desejos de querer ser mais para ti,
Mas, eu desfaleço nos braços da noite,
Sob o açoite do querer que se desfaz,
A vida que me deixa, talvez eu nunca a tenha querido viver,
Agora que a procuro, ela foge de mim.
Sem força nas pernas para poder buscá-la,
E também nos braços para abraçá-la,
Fugi do viver, agora vivo a própria morte,
Quisera conseguir enfrentá-la,
Com a força do não querer sucumbir,
Mas o não querer viver não permite que eu permaneça,
Tomou conta de mim.
As dores me invadem,
Junta-se à dor do amor que neguei,
Mas, o desespero da morte me faz querer te olhar,
Em um último momento,
Pedir que não haja lamento,
Sei agora que preciso ir,
Para você descansar.